Entenda o COMTUR

DEFINIÇÃO DE CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO


O Conselho Municipal de Turismo é um colegiado de entidades representativas da comunidade e do setor público e tem como responsabilidade assessorar na definição e implementação das políticas municipais

de turismo.


É um importante canal de participação popular encontrado nas três instâncias de governo (federal, estadual e municipal), que permite estabelecer uma maior interação do Poder Público com a sociedade civil. A importância dos Conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática na formulação e implementação de políticas públicas e na continuidade de políticas adotadas pelo setor, independentemente da troca de gestores.


Desta maneira, eles são essenciais para a promoção e estruturação do turismo nos municípios, servindo como espaço de discussões e de desenvolvimento de propostas condizentes com a realidade local.


A criação de um Conselho Municipal de Turismo é o primeiro passo para se pensar no desenvolvimento integrado das ações que visam consolidar a atividade turística como atividade econômica importante, ajudando na valorização cultural, social e da preservação ambiental, que possibilite a turistas e moradores um maior contato com sua história, seus patrimônios, suas riquezas culturais e naturais.


Este colegiado deve ser criado a partir de lei municipal e estar integrado à estrutura do órgão oficial de turismo do município.

DOS PODERES E ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO


Os Conselhos podem ser consultivos ou deliberativos.


Consultivos (função opinativa) têm a responsabilidade de julgar e discutir

os assuntos que lhes forem apresentados. Assim, têm função opinativa.


Deliberativos (função propositiva) têm o poder de propor políticas em sua área ou segmento.


Os Conselhos Municipais de Turismo podem ser mistos, ou seja, com características de conselho consultivo e deliberativo, com papel de discutir, promover e formular propostas de ação para o desenvolvimento do turismo municipal.


É importante salientar que as proposições e deliberações do Conselho deverão ser repassadas para a avaliação tanto do seu presidente como do gestor municipal, que, por sua vez, estudará a viabilidade de implementação naquilo que lhe couber enquanto órgão oficial.


A decisão final de propor ou não a implantação de ações cabe ao prefeito do município, no que lhe couber, não podendo o Conselho Municipal de Turismo ultrapassar os seus limites decisórios.


OBJETIVOS DO CONSELHO


  • Coordenar, incentivar, promover e executar ações pertinentes ao desenvolvimento do turismo dentro do município;
  • Estudar e propor à administração municipal medidas de difusão e amparo ao turismo, em colaboração com órgãos e entidades oficiais;
  • Sugerir e orientar à administração municipal em ações relacionadas ao desenvolvimento e à preservação dos pontos turísticos do município;
  • Promover, junto às entidades de classe, campanhas para incrementar o turismo no município;
  • Agregar o maior número de entidades de cada segmento para trabalharem em conjunto na divulgação e promoção do turismo no município;
  • Captar recursos para os programas, projetos e ações das atividades turísticas;
  • Assessorar a administração municipal no planejamento do turismo e acompanhar a execução das propostas;
  • Desenvolver ações e campanhas de conscientização turística para a população em geral; e
  • Estabelecer a continuidade das políticas adotadas independentemente da troca de gestores.

DA COMPOSIÇÃO E DOS MEMBROS DO CONSELHO


Para a composição dos conselhos não há limitação do número de participantes. 


Entretanto, recomenda-se que 1/3 dos seus membros seja do poder público, 1/3 da iniciativa privada e 1/3 da sociedade civil organizada.


Os Conselhos deverão contar com lideranças representativasdas atividades que integram a cadeia produtiva do turismo e também dos órgãos que atuam em seus segmentos (rural, ecoturismo, etc) e no seu fomento (SEBRAE, SENAC, etc), geralmente representados por:


  • Agentes de Viagens;
  • Gestores do segmento de alimentos e bebidas (bares, restaurantes,
  • lanchonetes e similares);
  • Gestores do segmento de hospedagem (resorts, hotéis, pousadas,
  • flats, etc.);
  • Gestores de atrativos e demais equipamentos e serviços turísticos;
  • Associações rurais;
  • Associações de artesanato;
  • Organizadoras e promotoras de eventos;
  • Gestores de transporte turístico (aéreos, terrestres, marítimos, etc);
  • Faculdades ou escolas técnicas deturismo;
  • Conventions & Visitors Bureaux;
  • Associações comerciais;
  • Guias de turismo; e
  • Outros agentes envolvidos na cadeia turística.

Além destes agentes, considerando o turismo uma área multidisciplinar, os membros do Conselho Municipal de Turismo devem ser relacionados não somente à área de turismo, hospitalidade e eventos, mas também é

importante contar com o envolvimento de outras áreas, como cultura, esporte, lazer, trânsito e transporte, meio ambiente, entre outras. Elas precisam trabalhar em conjunto com o turismo, visando políticas mais amplas e eficientes. Recomenda-se também que faça parte do Conselho, o delegado da Polícia Civil, o comandante da Polícia Militar da área, represente da Câmara Municipal de Vereadores e demais lideranças interessadas em compor o Conselho.


É desejável aindaque o prefeitoindiqueum funcionário municipal para compor o Conselho. O indicado pode ser da Secretaria de Turismo, bem como de secretarias relacionadas a outras áreas de atuaçãoque interagem diretamente com o turismo.


Além dos membros efetivos, quando houver pauta de assuntos específicos, o Conselho poderá chamar convidados para tratar dos assuntos de interesse como, por exemplo, os responsáveis por parques e jardins, funcionários de museus, teatros, sinalização, feiras ou eventos locais, lojistas, entre outros. Estes membros não têm direito a voto nas deliberações do Conselho, mas podem participar das atividades.


O presidente e o vice-presidente devem ser eleitos pelos seus membros, alternando entre um representante do poder público e dos empresários/sociedade civil.


Para a composição do Conselho, recomenda-se que cada setor indique um membro titular e um suplente.

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